sexta-feira, 1 de maio de 2009

As tensões psíquicas e psicológicas

O primeiro tipo de sinal vai ser o de uma sensação de tensão, de desagrado, como, por exemplo, as tensões dorsais, as dificuldades digestivas, os pesadelos, os mal-estares ou um mal-estar psicológico etc. Estamos no estágio “normal” de expressão da tensão interior. O Não-Consciente faz uso de uma sensação fisiológica ou psicológica para exprimir o que se passa. É O Mestre ou Guia Interior que bate na janela da Carruagem para fazer sinal e dizer ao Cocheiro que algo não vai bem (caminho errado, condução desconfortável ou perigosa, cansaço, necessidade de determinar exatamente em que lugar se está etc.). Se a pessoa estiver “aberta”, pronta para compreender e aceitar a mensagem no nível do seu Consciente, implementará as mudanças comportamentais necessárias e as tensões desaparecerão. Quanto mais o indivíduo houver trabalhado a sua própria pessoa e estiver em coerência consigo mesmo e com as partes mais sutis e mais poderosas de si próprio (Não-Consciente), mais sensível e mais capaz ele será de perceber e receber as mensagens do primeiro tipo e de compreendê-las. Havendo chegado a um certo nível, ele poderá mesmo preveni-las. Infelizmente, temos muita dificuldade em ser receptivos a partir desse nível. Há numerosas razões para isso, sobretudo a nossa tendência natural para o que é fácil e a nossa cultura, que separa as coisas e faz com que não saibamos mais como uni-las. Assim sendo, desenvolvemos nossa surdez interior. Este primeiro nível de mensagens é, no entanto, riquíssimo e não é o único. Numerosos sinais também chegam até nós, vindos do nosso meio ambiente, particularmente através do que chamamos de “efeito espelho”.
Para poder se fazer ouvir, o nosso Não-Consciente às vezes também recorre aos dois outros tipos de mensagens, os traumatismos e as doenças. Devido à preocupação e à necessidade de eficiência, ouso dizer que esses tipos são visivelmente mais fortes e percussores. Eles apresentam um segundo inconveniente que não deve ser negligenciado no que diz respeito às mensagens mais diretas. Os traumatismos e as doenças nunca coincidem no tempo quando o problema é a origem da tensão. Esse desajuste é proporcional à nossa surdez, à nossa incapacidade de entender as mensagens. Talvez isso se deva à existência de uma sensibilidade extrema que os tomaria mais fortes ou simplesmente à nossa recusa em mudar. O desajuste é mais importante para a doença do que para o traumatismo. E é ainda maior quando se trata da tensão, ou melhor, sua significação é “recusada” especialmente porque esta atinge zonas de sensibilidade muito fortes no indivíduo. Quando ela está relacionada aos pontos-chave da pessoa, seus efeitos chegam mesmo a se manifestar nos planos do consciente, em encarnações diferentes.
Os traumatismos do corpo e dos membros
Eles representam o segundo modo de comunicação. Trata-se nesse caso de um segundo estágio na escala das mensagens. Na verdade, representam uma fase em que o indivíduo busca uma solução por meio de seu Não-Consciente. O traumatismo é, então, uma expressão ativa, partindo do princípio que representa uma tentativa dupla por parte da pessoa que o vivencia. É, antes de tudo, uma nova mensagem, mais enfática do que o tipo anterior mas, apesar de tudo, ainda é um modo de comunicação aberto. O Mestre ou Guia Interior bate bem mais forte na janela e chega mesmo a quebrá-la para fazer bastante barulho e assim obrigar o Cocheiro a escutá-la. Este estágio pode ainda admitir uma mudança direta da situação em questão, pois aparece durante o processo de densificação ou de liberação das energias. Porém, ainda não significa que deveremos passar por uma reprodução de esquemas, contanto que “acusemos recepção”. Seu destino é dar um intervalo para a pessoa, obrigá-la a deter momentaneamente sua dinâmica não adaptada para compreender e mudar.
Mas o traumatismo também é uma tentativa ativa de estimulação ou de liberação de energias tensionais que se acumularam em função da distorção interior das pessoas. É por essa razão que nada se produz no corpo a esmo. O choque, o corte, a entorse, a fratura etc. vão surgir num ponto bem preciso do corpo físico, a fim de estimular as energias que circulam nesse ponto ou de expulsar o bloqueio de energias desse ponto, às vezes até os dois últimos ao mesmo tempo. Assim sendo, ele nos fornece informações de uma precisão extrema sobre o que se passa dentro de nós. Torcer o tornozelo direito ou cortar o polegar esquerdo, deslocar a terceira cervical ou bater com a cabeça, cada um, por sua vez, vai determinar o que não vai bem.
Os traumatismos são ativos porque se manifestam no Yang; estão geralmente relacionados às partes do corpo que pertencem ao exterior, como os membros, a cabeça, o busto. Agem também no nível das energias defensivas que circulam principalmente na superfície do corpo. a lugar ferido vem a ser uma informação essencial para que haja compreensão, mas a lateralidade faz com que essa compreensão se torne ainda mais clara. Uma entorse no punho tem um significado global, mas o fato de se tratar do direito ou do esquerdo vai tornar essa significação ainda mais precisa. É preciso saber que quanto mais forte for a tensão ou quanto mais tempo durar sem ter sido “percebida”, mais chances o traumatismo tem de ser algo importante, e mesmo violento. Ele não se torna menos “positivo”, ou seja, ativo, mesmo que leve ao acidente mortal, tendo em vista que representa uma tentativa, às vezes extrema, de ação, de eliminação, de mudança das coisas. Está claro então que ele deverá ser compreendido e, se necessário, tratado dentro dessa compreensão. Caso contrário, corremos o risco de impedir uma busca de solução que poderia vir a ser vital.
As doenças orgânicas e psicológicas
O terceiro tipo de mensagem, enfim, é aquele que se apóia nas doenças, sejam elas orgânicas e/ou psicológicas. Estamos aqui num estágio de eliminação das tensões, das distorções internas que podemos chamar de “passivo”. Estamos no Yin, nas profundezas do corpo ou do espírito. a indivíduo elimina suas tensões mas, dessa vez, de forma “fechada”. O Mestre Interior vai fazer com que a Carruagem enguice para obrigar o Cocheiro a parar. Essa eliminação, mesmo que carregue um significado, força essa parada e não admite mais uma mudança direta. Ela aparece ao final do ciclo de densificação ou de liberação. quando este não se desenvolveu totalmente ou completamente e quando a nossa “teimosia” cristalizou, fixou as coisas dentro de nós. Assim, vai ser obrigatório passar pela reprodução de esquemas, de experiências. pela experiência vivida novamente, para integrá-la e, se possível, mudar a memória da sua Consciência Holográfica. No entanto, essa reprodução pode ser feita quando se tem uma consciência enriquecida. Vai depender da compreensão que tivermos da experiência, da nossa capacidade em ter decodificado e aceitado a mensagem da doença.
A doença nos permite duas coisas. Antes de tudo, liberar as energias tensionais armazenadas e, nesse sentido, ela faz o grande papel de válvula. Podemos meditar seriamente sobre o que representa o modelo “moderno”, ou seja, alopático (medicamentos químicos), de tratamento das doenças. Esse modelo amordaça as doenças ou mesmo as “mata” na sua origem ou quando estão em plena força, impedindo-as assim de se exprimir. Mas a doença também serve como sinal de alerta. com uma precisão tão grande como a dos traumatismos. Ela nos fala muito precisamente sobre o que se passa no nosso interior e nos oferece indicações interessantes para o futuro.
Enquanto mensagem passiva. trata-se afinal de uma fuga, de uma fraqueza da pessoa que padece e chega a ser mesmo inconscientemente, às vezes, vivenciada como se fosse uma derrota. Uma Carruagem que enguiçou e foi consertada não é tão sólida quanto uma nova ou ainda não inspira mais tanta confiança no seu proprietário. A doença representa, conscientemente ou não, uma constatação de fracasso ou de incapacidade de compreender, de admitir, ou até mesmo de simplesmente sentir a distorção interior. Não soubemos reagir ou fazer qualquer outra coisa que pudesse mudar as coisas ou, pior ainda, achamos que não fomos fortes o suficiente para resistir. Efetuamos assim a eliminação, porém sabemos bem, mais conscientemente ou menos, que podemos fazer melhor. Se tivermos aprendido a lição, depois da recuperação, desenvolveremos nossa imunidade interior. Caso contrário, nos enfraqueceremos ainda mais e desenvolveremos as doenças de maneira cada vez mais fácil. Quanto mais antiga for a tensão a ser eliminada, mais poderosa ela será e mais necessidade terá a doença de ser grave e profunda.
Essa diferença entre o caráter “passivo” da doença e “ativo” dos traumatismos é fundamental. Ela aparece até mesmo na maneira em que o corpo físico o “resolve”. No caso dos traumatismos, o corpo conserta os estragos graças ao fenômeno miraculoso da cicatrização. Tal fenômeno é ativo, pois são as células traumatizadas ou outras do mesmo tipo que se reconstituem. O Cocheiro pode, ele mesmo, fazer o conserto. No caso da doença, o corpo faz o conserto graças ao sistema imunológico. Esse processo é passivo a partir do momento em que são células de um tipo diferente daquelas que estão doentes que intervêm. É preciso fazer apelo a um técnico para consertar a Carruagem. A ajuda, a assistência, a solução vêm do exterior, de elementos estrangeiros (os glóbulos brancos, por exemplo), enquanto que, no caso do traumatismo, é a parte traumatizada que ajuda a si mesma, que faz o conserto com as suas próprias células.
Os atos “falhos
Junto com o que havia chamado de ato “falho”, Freud nos forneceu um elemento extraordinariamente rico da psicologia individual e das interações corpo-espírito. Ele dizia que exprimíamos, liberávamos tensões interiores que não havíamos podido ou sabido liberar de alguma forma através dos nossos lapsos, dos nossos gestos desastrados e acidentais. Assim, quando cometemos um lapso considera-se, na verdade, que este exprime o que realmente pensamos.
O que sempre me surpreendeu é que ele tenha chamado esses atos de “falhos”. Eles são, em razão disso, automaticamente percebidos, sentidos como um erro, algo que não está adaptado e que deve ser evitado (ao menos pela maioria dos indivíduos). Isso é uma pena, pois, na medida do possível, iremos procurar impedir que eles aconteçam, particularmente quando instalamos uma censura interior mais eficaz. Prefiro chamá-lo de um ato “bem-sucedido”, mesmo se o resultado tangível não for aquele esperado pelo Consciente da pessoa, pois esse ato é a manifestação real de uma tentativa de comunicação com o nosso Consciente por parte do nosso Não-Consciente. Trata-se de uma mensagem, às vezes codificada, através da qual o nosso Não-Consciente exprime uma tensão interior; para o nosso Consciente isso significa que as coisas não estão coerentes, não se encaixam. É o Mestre ou Guia Interior que vem puxar as rédeas que o Cocheiro adormecido segura, esperando que as sacudidelas causadas pelos buracos e lombadas do caminho venham acordar este último.
Assim como as mensagens das quais falava anteriormente e das quais ele faz parte, o ato “bem-sucedido” pode tomar três formas. Pode se tratar de um lapsus linguo, e, ou seja, de um “erro” de expressão verbal (empregar uma palavra no lugar da outra), de um gesto “desastrado” (derrubar uma taça em alguém ou quebrar um objeto), gesto esse que não apresenta o resultado esperado, e, enfim, de um ato mais traumatizante como um corte, uma entorse ou um acidente de carro.
O que acaba de ser colocado nos permite compreender por que Freud falou em ato “falho”, uma vez que este sempre toma uma forma de aparência negativa. A razão é muito simples. O nosso Não-Consciente se comporta como uma criança. Quando uma criança acha que seus pais não lhe dão atenção suficiente, não a escutam o bastante, ela faz o que for necessário para que isso mude. No berço, ela chora, urra e isso funciona, então o sistema é bom. Mais tarde, estará fazendo a mesma coisa ao quebrar um prato, tirar notas ruins na escola ou bater na irmã ou no irmão menor. E nós agimos como os pais. Estamos ocupados demais para nos dar conta das necessidades da nossa criança interior. Então só reagimos quando o apelo se torna incômodo, ou seja, negativo. Não soubemos captar nada anteriormente. Acontece o mesmo entre o nosso Consciente e o nosso Não-Consciente. Este último nos envia muitas mensagens “positivas”, como as que eu menciono no capítulo sobre o efeito espelho ou como os sonhos, mas, na maioria das vezes, não somos capazes ou não estamos prontos para ouvi-las.
O Não-Consciente, o Mestre ou Guia Interior, passa então para o segundo estágio, que é o das mensagens de caráter “negativo”, ou seja, que oferecem dissabor, a fim de que escutemos e prestemos atenção. Se a comunicação ainda existir, uma vez que não foi cortada por uma hipertrofia do Consciente, a mensagem passará através de tensões físicas ou psicológicas, de pesadelos ou de atos “falhos” leves (lapsos, quebra de objetos significativos etc.). Se a comunicação for de má qualidade, mesmo quase inexistente, a força da mensagem vai aumentar (quando a linha está ruim no telefone, às vezes devemos urrar para que o nosso correspondente nos ouça). Vamos entrar na fase acidental ou conflitante para provocar e obter os traumatismos . Podemos também fazer com que fiquemos... doentes (pegar frio, beber ou comer em excesso ou em quantidade insuficiente etc.). Se, enfim, a comunicação for totalmente cortada, temos então a doença profunda, estrutural (doenças auto-imunes, cânceres etc.).
O efeito espelho
A vida vai sempre nos oferecendo meios de informação e de reflexão sobre o que se passa conosco até que todas as possibilidades se esgotem. A cada instante o nosso meio ambiente nos
envia essas mensagens que nos fornecem constantemente informações corretas e profundas. Esse primeiro nível de mensagens mandadas pela vida para nos ajudar a compreender quem somos e o que temos de viver se chama “o efeito espelho”. Na verdade, a vida busca apoio em numerosos suportes, a fim de se comunicar conosco e nos guiar, e cabe somente a nós escutá-la. Observando o que se passa ao redor de nós e o que os outros representam no nosso meio biológico, contamos com um campo inesgotável de compreensão a respeito de nós mesmos. É nessa compreensão da vida que se insere esse “efeito espelho”, sobre o qual Carl Gustav Jung dizia: “Percebemos nos outros as outras mil facetas de nós mesmos.”
O que é, pois, esse efeito espelho? Trata-se de um dos conceitos filosóficos mais difíceis de aceitar durante a minha busca pessoal.
Na verdade, significa que tudo aquilo que vemos nos outros é apenas um reflexo de nós mesmos. Quando algo nos agrada em alguém, geralmente se trata de uma parte de nós mesmos na qual não ousamos acreditar ou que não ousamos exprimir. Até então, o princípio é aceitável. Vamos mais longe. Quando não suportamos algo no outro, isso quer dizer que se trata de uma polaridade que também nos pertence, mas que não suportamos. Recusamo-nos a vê-la, a aceitá-la, e não podemos tolerá-la no outro porque ela nos remete a nós mesmos. É isso que se toma muito mais difícil de admitir. Reflitamos, no entanto, sinceramente a esse respeito. Qual é a única parte do nosso corpo que jamais poderemos ver com nossos próprios olhos, mesmo sendo o melhor contorcionista do mundo? Trata-se do nosso rosto! Ora, o que representa esse rosto, para que serve? Representa nossa identidade e, aliás, é a sua foto que está colocada nas cédulas ditas de identidade. A única maneira que encontramos para ver o nosso rosto seria olhá-lo no espelho. Vemos, então, o nosso reflexo, a imagem que ele nos devolve. Na vida, o nosso espelho é o outro. O que vemos e a imagem que ele nos devolve são o reflexo fiel de nós mesmos, do que se passa conosco. Isso ganha ainda mais força se acrescentarmos o fato de que “escolhemos” as pessoas que encontramos. Trata-se, então, de um tapa na cara! Trata-se de um tapa quando, por exemplo, encontramos pessoas injustas com freqüência. Isso nos obriga a refletir a respeito da nossa própria injustiça em relação aos outros. Reflitamos sobre a nossa avidez se encontrarmos pessoas ávidas com freqüência, sobre a nossa infidelidade se formos constantemente traídos.
Naturalmente, como eu mesmo já o fiz muitas vezes, não vemos, não encontramos em nós mesmos aquilo que somos, que nos desagrada ou nos incomoda no outro. Mas se formos totalmente sinceros, se aceitarmos nos observar realmente sem fazer julgamentos, logo descobriremos em quê o outro se parece conosco e quando fomos como ele. A vida é feita de forma que só vemos, só percebemos, só somos atraídos por aquilo que nos interessa, nos diz respeito.
O segundo elemento desse efeito espelho é que a nossa Consciência Holográfica, o nosso Não-Consciente, o nosso Mestre ou Guia Interior, nos levam ao encontro de pessoas que convêm. Esse princípio funciona tanto no sentido negativo como também no positivo. Quando realmente queremos alguma coisa, é ele que faz com que encontremos, como que por acaso, as pessoas, os livros ou as emissões de radio ou de televisão que vão nos ajudar. Porém, é também o princípio que C. G. Jung chamava de fenômeno da “sincronicidade” que faz com que encontremos as pessoas que nos “des-convêm”, quando temos que compreender, mudar alguma coisa quanto à nossa atitude de vida. Aliás, às vezes é difícil perceber ou aceitar mas, em todo caso, a única pergunta que podemos nos fazer é: “O que é que eu tenho que compreender nesta situação?”, ou mesmo: “O que é que este encontro, esta situação pode me ensinar?” Se formos sinceros, a resposta vem rapidamente. Aliás, os sacerdotes e budistas tibetanos dizem que na vida “os nossos melhores mestres (os que nos fazem agir, progredir) são os nossos piores inimigos, aqueles que nos fazem sofrer mais”...
Mas, infelizmente, muitas vezes permanecemos surdos ou equivocados no que diz respeito a essas mensagens que atentam para nos prevenir do que acontece e do que devemos trabalhar na nossa vida. Então, somos obrigados a ir mais adiante, ao encontro dos atos falhos, dos traumatismos, ou mesmo das doenças. Eles falam conosco mas é preciso aprender a decodificar a sua linguagem. Isso pode parecer inútil, pois se espera que todos saibam para que serve um braço, uma perna, um estômago ou um pulmão. Mas tudo o que temos é uma imagem parcial dessas partes de nós mesmos, das quais só compreendemos e só conhecemos a função mecânica. Vale a pena ampliar a significação global dessa função, particularmente a sua representação, a sua projeção psicológica. Poderemos assim extrair daí a significação das tensões que se manifestam em um ponto ou outro do corpo.
Antes me parece útil explicar como e graças a que isso acontece. Acabamos de ver por que as coisas se desenrolam dessa forma através da apresentação global da realidade humana. Vamos agora abordar de que maneira elas funcionam em nós. É o domínio da energia, da compreensão energética do ser humano. A minha proposta é a codificação taoísta dessas energias e, particularmente, a sua estruturação no corpo. Yin, Yang, meridianos de acupuntura, Chacras, todos esses conceitos vão permitir que localizemos as coisas no interior do nosso corpo e que percebamos as inter-relações que aí existem. Graças a eles, vamos poder unir entre si todas essas partes que nos pertencem, que a ciência moderna separa e segmenta. Poderemos assim lhes dar novamente um sentido do qual, provavelmente, nos esquecemos um pouco.

“Meu coração tem medo de sofrer, diz o jovem ao alquimista, numa noite em que eles olhavam para o céu sem lua. -Diga-lhe que o medo de sofrer é pior do que o sofrimento por si só. E que o coração de alguém jamais sofreu enquanto estava à procura dos seus sonhos.”
Paulo Coelho, O Alquimista

“Não é o céu que interrompe prematuramente a
linha da vida dos homens; são os homens que.
através dos seus desvarios. atraem a morte
para si mesmos em plena vida. “
Mong Tseu

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